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Saiba um pouco mais sobre a Dança Contemporânea
O início do século XX é marcado por grandes movimentos artísticos, como o Expressionismo na Alemanha, o Dadaísmo na Suíça e o Surrealismo na França. Esses movimentos estão envoltos num contexto de guerra mundial; as grandes transformações e rupturas causadas pela guerra também desembocaram na arte. A dança passa por essa metamorfose na busca da liberdade interior, rompendo as ataduras da métrica clássica. Essa necessidade de desligamento com o clássico possivelmente teve início com a valorização do corpo e a aceitação da psicologia (nesse caso, do sujeito) na construção do movimento.
Na dança contemporânea, o que importa é a transmissão de sentimentos, ideias e conceitos (VIANNA, 1975). O estudo do corpo é a base para a dança contemporânea. Buscar se conhecer enquanto ser harmonioso com o cosmo, relacionando-se com a criação dentro dos contextos sócio-políticos, é o primeiro passo para se entregar ao movimento que partem do mais íntimo de nós e se exteriorizam no mais sincero ato de falar com o corpo.
Apesar de a dança contemporânea ter criado uma linguagem própria, ela ainda faz referência ao balé e ao jazz clássicos, como também ao hip hop e outras danças que, do mesmo modo, foram surgindo como protesto. Os diversos métodos da dança contemporânea, como o contato-improvisação, trazem consigo instrumentos da realidade cultural daquele que dança, enriquecendo as composições com temas relacionados a questões políticas, sociais, culturais, autobiográficas, comportamentais e cotidianas, como também à fisiologia e à anatomia do corpo.
A dança contemporânea surge da necessidade de romper com a dança clássica, nesse caso o balé. Segundo Garaudy, […] a dança sempre esteve enraizada em todas as experiências vitais das sociedades e dos indivíduos. ” (GARAUDY, 1980, p. 27). Vaslav Nijinsk foi um grande bailarino do século XX, que buscava algo significativo na dança, em que pudesse expressar seus mais intensos e profundos sentimentos (GARAUDY, 1980). Esse bailarino se destacou pelo jeito “grosseiro”4 de se movimentar e por atuações que traziam sensualidade para a dança, algo tido como inapropriado naquele tempo. O extraordinário bailarino do século XX dançava para expressar toda sua personalidade, sua fala era corporal, ele se considerava inteiro na dança que era o seu meio de comunicação com o público (COSTA; CORRÊA, 2015). Em um de seus escritos, que de tão difundido tornou-se domínio público, ele diz: “Dançarei apenas porque isso me possibilita expressar minha personalidade.”